Nesta semana, teremos a divulgação de resultados de muitas empresas importantes dos EUA. Na semana retrasada mostramos que muitos ativos atingiram pontos importantíssimos, graficamente falando.

Precisamos acompanhar com atenção como virão esses resultados, pois uma frustração nas expectativas pode ser o gatilho para um processo de correção…

Vale relembrar sobre os riscos que estarão em pauta no ano de 2021:

(i) Nos próximos meses teremos em teoria a comprovação se as vacinas terão a capacidade de reduzir a atual curva de contágio e de óbitos, como desejamos.

(ii) Diversos bancos centrais já deixaram de forma clara que as taxas de juros baixas vieram para ficar, e por tempo ‘indeterminado’, o que de fato é um mecanismo poderoso para a expansão das economias. Mas o que poder fazer essa dinâmica ficar pressionada? A sombra da inflação talvez seja a variável mais óbvia e mais temida.

Obviamente que existe uma grande quantidade de outras variáveis como reformas e privatizações, quanto outras de escopo global, que não foram listadas nesse breve texto.

Contudo, o objetivo aqui é somente pontuar, que o clima tende a ser claro, mas com possíveis tempestades de duração indeterminada ao longo do caminho.

Análises gráficas

As análises abaixo refletem apenas nossas opiniões pessoais, e não representam qualquer tipo de recomendação de investimento. Além disso, as mesmas são estritamente gráficas, e não consideram qualquer variável adicional.

Ibovespa

Observa-se que o índice futuro do mercado brasileiro perdeu força na trajetória de alta, nas últimas 2 semanas. Temos um suporte muito importante na região de 115 mil pontos. Se essa região for perdida seria um sinal negativo, no curtíssimo prazo. Nitidamente os vendedores estão no controle da situação pois o mercado vem fazendo topos e fundos descendentes, no gráfico de 60 minutos (abaixo, à direita).

Contratos de dólar

Os contratos futuros de dólar vêm apresentando uma volatilidade absurda. O gráfico abaixo dispensa comentários adicionais.

O rompimento da região de 5515, poderia levar o mercado a retestar o 5833 novamente, nos próximos dias.

O índice DXY atingiu uma região de suporte que não era alcançada desde o início de 2018. Como a queda recente foi muito acentuada, achamos improvável que o DXY perca essa região facilmente.

Um fechamento acima de 90.500 poderia ser uma sinalização de que o ativo está querendo reagir no curtíssimo prazo, pois teríamos a confirmação de rompimento da linha de tendência de baixa do gráfico de 60 minutos (zoom abaixo, à direita).

S&P 500

O principal índice americano atingiu uma importante região de resistência. Veja nossa análise do ativo, no vídeo a seguir:

https://youtu.be/u0UvxZjeNPA

Commodities / Metais / Bitcoin

Seguindo o otimismo global, as commodities também vêm se valorizando ao longo dos últimos dias / semanas.

O preço do barril de petróleo WTI rompeu para cima uma consolidação entre os 34-42 USD/bbl que se arrastava desde o início de junho deste ano, atingiu o seu preço pré pandemia na faixa dos 54 USD/bbl e encontrou forte resistência, não tendo sido capaz de superar este nível. Aparentemente o Petróleo fará uma correção intermediária no curtíssimo prazo com alvo nos 49.84 dólares.

O preço do minério de ferro interroumpeu sua trajetória de alta, após subir de forma impressionante, atingindo máximas históricas, puxado por uma forte demanda de aço pela China, que vem investindo massivamente em infraestrutura como forma de aquecer a sua economia, e pela expectativa de recuperação econômica de outras regiões em 2021. Confira a seguir nossa análise em vídeo para o ativo:

https://youtu.be/jOWj8YOA71g

Ouro / Bitcoin

O metal precioso parece formar uma figura de reversão em fundo, o OCOI (Ombro – Cabeça – Ombro – Invertido), no gráfico de 60 minutos. Um fechamento acima de 1875 dólares confirmaria o padrão e pode levar o ouro novamente a patamares superiores a 1.900 dólares no curtíssimo prazo.

O Bitcoin por sua vez, após acelerar sua valorização e alcançar um patamar próximo aos 42mil USD, entrou numa trajetória de acumulação com suporte na região de 27-30 mil dólares. Observa-se no gráfico abaixo, que se houver o rompimento da linha de tendência de baixa formada pelos topos descendentes que o ativo vem fazendo, há a possibilidade de o mesmo retestar a região de 42 mil dólares novamente.

Enxergamos ainda um potencial de alta para ambos os ativos, devido à farta impressão de dinheiro no planeta via políticas monetárias e fiscais, e riscos econômicos significativos com importante chance de materialização.

Agenda econômica

A agenda econômica desta semana traz uma série de divulgações importantes. Sumarizamos abaixo apenas aqueles listados como os mais importantes e que podem trazer mais volatilidade aos mercados.

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