Análise do mercado :: semana 28 de Setembro à 02 de Outubro

A pandemia do coronavírus continua presente de forma intensa em significativa parte dos países do mundo, atingindo globalmente um aparente e alto plateau em termos de número de contágios e óbitos diários.

Observa-se em uma série distinta de locais o advento da segunda onda de contágio, no qual governos afetados por essa infortúnia ocorrência vem novamente restringindo o funcionamento de uma quantidade considerável de atividades econômicas, que poderão gerar consequências ainda mais indesejáveis para suas respectivas populações.

O gráfico abaixo ilustra claramente o mencionado acima, com um número atual de contágio na Europa superior ao do início da pandemia, e muito similar ao dos Estados Unidos, país que lidera esse triste ranking.

Embora não tenhamos reduzido de modo importante o número de contágio e óbito no Brasil (principalmente para falarmos de uma segunda onda), a pergunta que nos fazemos é: Porque estaríamos livres de um fenômeno como esse que vem ocorrendo de forma acentuada em diferentes países? E quais seriam as consequências para a nossa e historicamente frágil economia, que se encontra nesse momento de forma ainda mais debilitada?

Quadros abaixo demonstram a situação da pandemia no país.

Ibovespa

Observamos que pela décima semana consecutiva o principal índice brasileiro fechou dentro de uma canal estreito de baixa, num intervalo de aproximadamente cinco mil pontos. Como a correção pelo menos até este momento é relativamente rasa (se comparado a alta produzida a partir de Março), a mesma se assemelha bastante à uma possível bandeira de alta (faltando obviamente o rompimento pra cima da mesma). Ou seja, a simples visualização dessa figura gráfica significa dizer que a tendência primária do Ibovespa ainda é de alta, mas exigindo preocupações crescentes.

Contudo, embora viéssemos alertando sobre uma possível correção na casa dos 96,5mil pontos, conforme vídeo mais abaixo, o rompimento para baixo desse mesmo canal projetaria o índice brasileiro para uma região ainda mais inferior, na faixa dos 89-90mil pontos, que coincide com um importante suporte (linha horizontal em preto) e a retração de 50% de fibo, conforme gráfico abaixo.

No nosso matinal destacamos que os contratos futuros do índice tinham por meio de projeção de três figuras gráficas distintas um potencial de queda no curtíssimo prazo até a faixa dos 96,5mil pontos, atingido nesta última semana.

Observem que essas três projeções coincidentemente sugerem exatamente a mesmíssima depreciação’ nos preços.

https://www.youtube.com/watch?v=2YWhS5tp3rI&t=368s

Há de se enfatizar que dentro do mesmo horizonte de tempo, o EWZ, considerado o Ibovespa dolarizado, apresenta graficamente uma recuperação muito mais tímida, lutando para superar a retração de 50% de fibo, se levarmos em consideração a perna de alta que se iniciou a partir de 2016 até o seu topo histórico.

Desta forma, ficamos na dúvida se a nossa bolsa está realmente barata se comparada à outras de melhor desempenho, ou se efetivamente os riscos mencionados na nossa análise da semana passada vem afastando de certa forma uma gama importante de investidores.

Contratos de dólar

Já os contratos futuros de dólar romperam mais uma vez a consolidação marcada pelas duas linhas paralelas em azul, e fica a dúvida se este deve voltar para dentro da mesma, como aconteceu da última vez, ou buscar por movimento projetado a faixa dos USD/BRL 5,90, como propõe a seta na parte superior do gráfico abaixo.

Vale ressaltar que o Real é a moeda dos países emergentes que mais de desvalorizou frente ao dólar neste ano, de acordo com o quadro ao lado.

O índice DXY após realizar uma queda extremamente aguda, justamente pelo afrouxamento monetário e fiscal americano, vem se segurando dentro das duas linhas paralelas marcadas em preto no gráfico abaixo.

Contudo com as restrições impostas em diversas localidades da Europa, o DXY acabou acelerando para cima de maneira acentuada na semana que passou, dado que o Euro é a moeda de maior peso dentro deste índice.

https://www.youtube.com/watch?v=bQwlJWXZqIQ&t=2s

Para entender um pouco mais sobre o índice DXY, e quais são os principais fatores que fazem a moeda americana oscilar perante às outras moedas do mundo, sugerimos que assistam o vídeo ao lado, que aborda esses temas de forma extremamente resumida e simples. É um assunto de extrema importância para todos aqueles que queiram otimizar seus investimentos de uma forma em geral.

S&P 500

O principal índice americano depois de produzir um novo topo histórico, vem corrigindo de forma interessante, operando neste momento abaixo do topo histórico pré-pandemia (importante suporte).

Pelo gráfico abaixo observamos que a tendência primária do índice continua sendo de alta, e as sombras inferiores e superiores deixadas nas últimas barras, denotam uma disputa relevante entre compradores e vendedores, com estes últimos saindo vencedores das mais recentes batalhas.

Importante ressaltar que a aproximação das eleições presidenciais marcadas para o dia 03 de Novembro deste ano, o impasse entre republicanos e democratas no que diz respeito à proposta de auxílio fiscal adicional, e o alto número de contágio e óbito no país pelo coronavírus, poderão gerar em conjunto uma correção mais aguda no mesmo.

Commodities 

O comportamento dos preços das commodities podem sugerir de alguma forma como caminha a saúde das economias como um todo.

Os preços do barril de petróleo vem apresentando uma considerável volatilidade neste mês de Setembro (bem superior ao dos meses anteriores), incluindo as declarações recentes da OPEP sobre a demorada recuperação pelo lado da demanda.

O minério de ferro depois de romper uma importante consolidação na casa dos USD 100, atingindo a sua nova máxima histórica, tendência essa que vínhamos comentando nas análises semanais passadas, corrigiu de modo importante nas três últimas semanas.

Assim como aconteceu com o minério de ferro, a possibilidade de interrupções nas cadeias de abastecimento do cobre  acabaram gerando igualmente uma pressão nos preços dessa commodity, dado que o Chile, principal produtor mundial desta, vem sofrendo demasiadamente com a atual pandemia do coronavírus.

No entando, a queda desta última semana precisa ser melhor observada, já que esta pode desencadear a continuidade do movimento pelo menos até o próximo suporte (linhas horizontais em preto), ou até mesmo na linha superior do canal amplo de baixa marcado pelas linhas diagonais em vermelho.

Ouro

O ouro após cumprir o seu alvo gráfico, apresentou uma correção relevante, e rompeu para baixo nesta última semana  o triângulo que se encontrava, projetando o preço para a zona dos USD 1800.

Contudo, com a intensificação de impressão de dinheiro pelos bancos centrais ao redor do mundo geram uma força positiva para o metal, simplesmente pelo fato de trazer uma instabilidade considerável em termos de confiança no poder aquisitivo do papel moeda.

Agenda econômica

A semana será repleta de eventos e divulgações que deixarão os mercados mais agitados, como o discurso do presidente do BCE em datas diferentes, PMI na China, variação de desemprego na Alemanha e Brasil, Payroll nos EUA, entre outros.

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